O poema
O poema brota como nascente:
fino,
sujo,
fio de água correndo
para o mar.
O poema queima como chama,
palito aceso,
chama azul,
floresta seca
que arde sem fim.
O poema cresce como tronco,
verde,
liso,
(com espinhos).
Veludo macio
(e arestas cortantes).
Gota, faísca, estrepe
o poema continua inexplicável:
É água de beber,
chama para aquecer,
seiva para alimentar.
O poema brota,
transborda,
se incendeia.
(circa, 1975)
quarta-feira
terça-feira
um quartinho de pitu, s'il vous plaît
Do blog A Eterna Estrangeira, de Tatiana Lazzarotto:
Recife, Praça do Arsenal.
Quase no fim do Carnaval, aquela coisa, todo mundo meio liso e naquela fase da vida que você quer ficar louco bem rápido, pra aproveitar todos os momentos plenamente, curtir toda a folia do Carnaval do jeito que a vida manda, uhul, e tal, decidimos tomar uma cachaça pura. A escolhida para pedir a cana na barraquinha, adivinha? Nem sabia como pedir, mas meus companheiros me orientaram. Dirigi-me ao balcão e falei, quase num sussurro:
- Um quartinho de Pitu, por favor...
O rapaz nem me ouviu, tamanho o furdunço na barraca. Falei um pouco mais alto e um pouco mais, um pouco mais. Aí o cara se vira pra mim, para a pessoa toda arrumadinha, maquiadinha, com essa cara de 15 anos que não muda, e solta, em tom de espanto:
- Osh, e você bebe cana, é?
Ao meu lado, umas três pessoas olhavam pra mim, igualmente aguardando a resposta. Tratei a pergunta como retórica, peguei o copo de plástico e vazei.
Recife, Praça do Arsenal.
Quase no fim do Carnaval, aquela coisa, todo mundo meio liso e naquela fase da vida que você quer ficar louco bem rápido, pra aproveitar todos os momentos plenamente, curtir toda a folia do Carnaval do jeito que a vida manda, uhul, e tal, decidimos tomar uma cachaça pura. A escolhida para pedir a cana na barraquinha, adivinha? Nem sabia como pedir, mas meus companheiros me orientaram. Dirigi-me ao balcão e falei, quase num sussurro:
- Um quartinho de Pitu, por favor...
O rapaz nem me ouviu, tamanho o furdunço na barraca. Falei um pouco mais alto e um pouco mais, um pouco mais. Aí o cara se vira pra mim, para a pessoa toda arrumadinha, maquiadinha, com essa cara de 15 anos que não muda, e solta, em tom de espanto:
- Osh, e você bebe cana, é?
Ao meu lado, umas três pessoas olhavam pra mim, igualmente aguardando a resposta. Tratei a pergunta como retórica, peguei o copo de plástico e vazei.
segunda-feira
homens que amam as mulheres
Para lembrar o Dia Internacional da Mulher, que começou com a vitória de Kathryn Bigelow, primeira mulher a ganhar o Oscar de direção, com seu filme Guerra ao Terror, uma seleção de grandes momentos de homens que amavam as mulheres:
O Homem que Amava as Mulheres, de François Truffaut
Jules e Jim, de François Truffaut
A Mulher de Todos, de Rogério Sganzerla, com Helena Ignez como Angela Carne e Osso
Um Homem, uma Mulher, de Claude Lelouch
O Homem que Amava as Mulheres, de François Truffaut
Jules e Jim, de François Truffaut
A Mulher de Todos, de Rogério Sganzerla, com Helena Ignez como Angela Carne e Osso
Um Homem, uma Mulher, de Claude Lelouch
sábado
terça-feira
essa é ilana
Do blog Onde os Peixes Voam, de Ilana Copque
"(...) Sou a música alta em um domingo tedioso e abafado. (...) Sou o isso, sou o aquilo. É só assoprar que eu danço. Danço, encanto-me. Preciso apenas fechar os olhos para me imaginar longe... ou perto. (...) Um único doce nunca me contenta".
"(...) Sou a música alta em um domingo tedioso e abafado. (...) Sou o isso, sou o aquilo. É só assoprar que eu danço. Danço, encanto-me. Preciso apenas fechar os olhos para me imaginar longe... ou perto. (...) Um único doce nunca me contenta".
asas abertas
Do blog Não lugar, de Lina Faria
"Vivo Lisboa, Porto, Berlim, Bogotá, Paris, sem falar de uns ideogramas aos quais nunca sei de onde vêm. Vivo pessoas com mesmas reflexões e inquietudes, junto a outras que discutem tudo isso mais a arte de seguir os ofícios tipo, “mudar para que tudo continue como está.”.
"Vivo Lisboa, Porto, Berlim, Bogotá, Paris, sem falar de uns ideogramas aos quais nunca sei de onde vêm. Vivo pessoas com mesmas reflexões e inquietudes, junto a outras que discutem tudo isso mais a arte de seguir os ofícios tipo, “mudar para que tudo continue como está.”.
o homem que colecionava livros
José Mindlin está agora na prateleira mais alta da estante, junto com os clássicos encadernados. Cervantes, Dante, Machado. Edições raras, como ele.
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