quarta-feira

do fundo do baú

O poema
O poema brota como nascente:
fino,
sujo,
fio de água correndo
para o mar.

O poema queima como chama,
palito aceso,
chama azul,
floresta seca
que arde sem fim.
O poema cresce como tronco,
verde,
liso,
(com espinhos).
Veludo macio
(e arestas cortantes).

Gota, faísca, estrepe
o poema continua inexplicável:
É água de beber,
chama para aquecer,
seiva para alimentar.

O poema brota,
transborda,
se incendeia.

(circa, 1975)

9 comentários:

  1. Lindo seu poema- não sabia que tb era poeta.
    Bjs Laura
    Sinto sua falta.

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  2. Ah! aqui tem sonhos, acho q alguns já leu:
    http://lauravive.blogspot.com/search/label/Sonho

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  3. Você já se viu aqui?

    O Eduardo fez uma bela caricatura sua.

    http://vtmadaquinta.blogspot.com/


    Abracos

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  4. Laura,

    É um texto do fundo do baú. Coisas de um passado remotissimo, do tempo que os animais falavam, como diz o Paulo Henrique Amorim.

    Vou ler seus sonhos.
    Bjs

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  5. Luiz, bom que apareceu. Respondo aqui e lá- sei q anda sem tempo.
    Eu acho q lembro mais os sonhos pq desejo lembrar- quero entender mais o q acontece comigo- é doído viver com coisas do passado voltando. Tb acho q ando lembrando mais por causa da analista- é como sonhar p o analista- tranferência.
    Bom q tem bons sonhos c sua mãe- eu tenho sonhos semelhantes c um amigo q eu amava mto- é reconfortante tê-lo nos sonhos me abraçando- não foi namorado. Ele morreu em 2004- não o via desdeeeee , sei lá, 1980...
    Incrível a força deste afeto.
    Bjs Laura
    Me diga seu novo end. o outro espaço- vi um dia por ai-ai perdi. Ando mt ansiosa e dispersa-e ficando lelé :)

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  6. Luiz, preciso agradecer à DETETIVE CHEFE Georgia, pelo aviso que te deu! Ela é sempre muito eficaz e prestativa! Sem ELA o VÍTIMA DA QUINTA não estaria na sua 108º vítima bem sucedida! As Vítimas, em geral, são muito distraídas! srsrs

    Abçs

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  7. Edu, vc sabe que adoro as suas vítimas. E venho com o maior prazer ressuscitá-las, rs.
    Pois acho um privilégio receber uma caricatura sua.

    Abracos nos dois

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  8. Luiz,

    Gosto da maneira como você se apropria das palavras e, depois, as devolve com o sabor do caramelo. Ainda estou a esperar por um texto sobre os tempos de Damosel. Gostei do que li: “Saudade de quando as mulheres usavam Damosel e os homens perdiam a cabeça e as levavam ao altar.”
    O seu baú tem cheiro de coisas e afetos perenes. Bjs

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