terça-feira

eu ouço gente viva



Em abril estreia o filme Chico Xavier de Daniel Filho, que deverá materializar em pouco tempo uma montanha de dinheiro. O diretor poderia ter escalado, no além, Beethoven, Bach ou Pixinguinha para compor a trilha sonora, mas optou por Egberto Gismonti, que tem a vantagem de estar vivinho da silva e não corre o risco de dar susto em ninguém quando aparece de repente, sem avisar. Ok, o cabelo pode causar um certo impacto, mas o Egberto é um espírito de luz.

Encontrei esse vídeo no Youtube no qual Gismonti rege Olivia Byington, que faz os vocais. Gostei, mas quero ver o resultado no cinema, com aquela paisagem mineira mais serena que a vida na eternidade. Se existe vida após a morte, só espero que tenham escalado um bom músico para cuidar da trilha. Porque no inferno, tenho certeza, só toca Rebolation.

5 comentários:

  1. Daniel Filho não é bobo. Agrada o popular e, de quebra, injeta um pouco de Gismonti. Quanta gente na imensa plateia que esse filme terá nunca ouviu falar em Egberto Gismonti? Isso é levar cultura na prática. Gostei.

    ResponderExcluir
  2. Mário,

    Acho que o filme foi bem produzido. Pelo menos o trailer parece ter uma boa reconstituição de época. O ator também está o cara do Chico Xavier. E o Egberto é um grande músico. Eu o vi recentemente em São Paulo, num show no Sesc Vila Mariana e foi deslumbrante. Continua um grande violonista, da escola de Baden. Na plateia, um velhinho teve uns espasmos e começou a emitir sons, como se estivesse em possessão. Isso durou uns 5 minutos. E o Gismonti estava tão compenetrado que nem percebeu.

    ResponderExcluir
  3. Não entendi. O velhinho era o Chico Xavier? rs rs rs...

    ResponderExcluir
  4. Vita,
    também não me ficou claro.
    O ancião foi possuido?
    Bem, quase rouba a cena do Gismonti.

    Não sei exatamente o dia. Espero uma confirmação pra ir a Sampa mas , como sempre, deve ser corrido. Não tanto que não dê pra tomar um café e fazer tua foto. Lembra?
    bj, lina

    ResponderExcluir
  5. Gente,
    Foi um momento maluco. O homem se contorcia, amparado por uma mulher, grunhia, parecia que estava tendo um ataque epileptico. A plateia ficou em suspensão. Ninguém respirava. Só o Gismonti, que devia estar em estado alfa, não percebeu e continuou tocando. Por sorte o velhinho voltou ao normal, ou o espírito maligno abandonou seu corpo. Cruz credo!

    ResponderExcluir

Dê seu pitaco