terça-feira

["não se chora em paris"]

Do blog Olhares Loiros, do dramaturgo Mário Viana, sobre o acidente com o avião da Air France:

[nosso mal-estar também se mistura ao destino do vôo: Paris. Paris não é lugar de sofrimento, de dor ou punição. Quantos, dentre aqueles passageiros, não acordaram no domingo com um brilho excitado nos olhos: “Hoje eu vou pra Paris”. E os amigos, parentes, colegas sorriam de inveja, mesmo de quem fosse a trabalho. Não se chora em Paris – só nos filmes franceses. O acidente do Airbus traiu as expectativas de seus passageiros. Negou-lhes Paris e imprimiu, nos corações de quem sobreviveu, a imagem de uma dor que parece sem cura.]

8 comentários:

  1. Só se chora em Paris por amor...
    Mas esse sofrimento não poderia acontecer em lugar algum.
    A dor agora se espalha pelo céu, toda vez que eu escuto um avião...

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  2. Na verdade esta máxima deve ser para quem é de fora, pois Paris é uma cidade cheia de gente solitária e cheia de manias. Aliás este é um tema recorrente nos filmes passados em Paris e confirmados por quem eventualmente conhece um parisiense. Meu pai mesmo já descreveu algumas de suas experiências na cidade e que, de certa forma, mostram como o parisiense não é muito afeito a sociabilidade, principalmente com estrangeiros.

    O comentário, logicamente, não é para contestar a tragédia em si, que muitos devotam alguns momentos de pesar, mas para talvez fazer pensar sobre esta cidade tão enigmática, que transparece uma coisa para quem a visita com seu fascínio e beleza, mas é outra de fato para quem a vivencia no seu cotidiano. Coisa que aliás não é o meu caso, já que nunca estive lá, sendo meu comentário, portanto, também uma fonte secundária.

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  3. Marco,
    De certa forma você tem razão sim. Os parisienses costumam ser bem chatinhos. Mas, já foram mais. Até acho que eles não mrecem muito a cidade que tem. Quando você pisar lá você vai sentir uma coisa diferente, uma vontade de tomar posse de um apartamento e um desejo de perambular por aqueles ruas sem rumo, como um cidadão do mundo.... Sinto um pouco disso também em Veneza, que é um pouco melancólica, mas nos dá também um desejo de posse muito grande...

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  4. A Paris de Sartre é existencialita, melancolica. Paris tem um ar de paixão e paixão nem sempre é uma festa!

    beijos à -3°
    Lina

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  5. Verdade Lina,

    Paixão nem sempre é uma festa. Mas Paris pode também ser a resposta para a superação de uma paixão por outra paixão....

    Menos 3 graus? My God... Haja lareira, chocolate quente, conhaque....

    Beijos a quentíssimos 5 graus, mais ou menos...

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  6. Bem. nunca fui a Paris.
    Também não é das cidades que está em minha lista de desejos.
    Mas compreendo bem o tema do post. Acho que 10 trabalhadores com as esposas ganharam Paris como prémio da firma pelo desempenho.
    Acima de tudo que o incidente nos faça sentir a precariedade da vida, nos faça corrigir desvios de rota, faça os engenheiros aeronáuticos aperfeiçoar os aparelhos.
    Quanto à dor, ela é de todos nós.

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  7. Esse acidente chocou a todos nós. Li na coluna do Ancelmo Góis o relato de uma brasileira que, por ser brasileira, foi abordada por vários franceses em Paris e consolada pela tragédia. É como se fossemos todos uma família só. E na verdade somos.

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  8. Ah! PAris, eu chorei lá, mas de saudade antecipada- por ter que voltar.
    Fui mto bem tratada por franceses- mas, realmente eles são rígidos, secos.
    Bj

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