quarta-feira

[um perdedor de cem anos]

O escritor Tomás Eloy Martínez publicou um interessante ensaio no New York Times sobre o uruguaio Juan Maria Onetti, cujo centenário de nascimento é comemorado este ano. Ele enfatiza a eterna desilução do escritor, suas histórias trágicas, o fascínio pela derrota. Dele só li o volume de contos Tão Triste como ela, que é muito bom. Vou começar logo El Pozo, seu primeiro romance, que ganhei de uma amiga numa bonita edição em espanhol.

[Ele próprio, Onetti, disse à escritora e jornalista uruguaia María Esther Gilio: "Todas as personagens e todas as pessoas nasceram para a derrota. A gente não pode deter a trajetória da personagem em um instante de triunfo mas, se continuarmos, o final é sempre Waterloo". Talvez por isso chegou em segundo lugar em quase todos os prêmios aos quais concorreu. Mas o último, e o mais importante na língua espanhola, o prêmio Cervantes que recebeu em 1980, serviu-lhe como conjuro contra as rejeições.
Tomás Eloy Martinez]

4 comentários:

  1. esta história q aconteceu com scliar eu já conhecia faz temo até havia esquecido, lembrei agora- cada uma...
    ele é um cara pacífico.
    :) não sei se eu teria este 'savoir faire'
    perdedores... minha família é cheia de gente que chega perto , quase vence, mas não alcança- falta algo na nossa massa-hihihi
    ai ai
    eu hj tenho que rir, já ri bastante.
    fui levar uma maiga em casa- tem 61 anos, ou 62- ela estava com pressa, não disse, mas senti, falei: está com pressa?
    - pra fumar unzinho.
    saiu do carro depressa.
    kakaka
    estou precisando de unzinho há anossssss
    bjs boa noite,

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  2. A literatura necessita de "perdedores". Na verdade boa parte da produção intelectual da humanidade vem deles. E, de repente, de uma hora para outra, entram no hall dos "vencedores". Aliás boa parte dos escritores brasileiros sairam do funcionalismo público ou ocupações desinteressantes, tal como o Crumb, ocupações estas que consideramos de gente "acomodada". Querem tornar todas as atividades humanas, inclusive, pasmem, a artística e intelectual, uma rotina "feliz" e "disciplinada" e nos tornar um estereótipo pobre de trabalhadores "budistas". Caminhamos para um mundo de autopoliciamento que temos que ser "felizes", "disciplinados", "saudáveis" e, pior de tudo isto, "satisfeitos". A literatura talvez seja a única salvação neste mundo sem verdadeiros diálogos e sem troca. Enfim, nada que um Prozac não resolva.

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  3. Elianne,
    òtima a história da velhinha.... O bom da velhice é que a gente pode ficar destrambelhado sem precisar se importar com a opinião dos outros.
    bjs

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  4. Marco,

    A história dos perdedores realmente atrai a atenção do leitor. Gosto particularmente da saga do Coelho, do John Updike: Coelho cai, Coelho Corre, Coelho Cresce etc.

    abração

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