quarta-feira

[...ela me ajuda a viver]

[hoje, se me pergunto por que amo a literatura, a resposta que me vem espontaneamente à cabeça é: porque ela me ajuda a viver. Não é mais o caso de pedir a ela, como ocorria na adolescência, que me preservasse das feridas que eu poderia sofrer nos encontros com pessoas reais; em lugar de excluir as experiências vividas, ela me faz descobrir mundos que se colocam em continuidade com essas experiências e me permite melhor compreendê-las. Não creio ser o único a vê-la assim. Mais densa e mais eloquente que a vida cotidiana, mas não radicalmente diferente, a literatura amplia o nosso universo, incita-nos a imaginar outras maneiras de concebê-lo e organizá-lo. Somos todos feitos do que os outros seres humanos nos dão: primeiro nossos pais, depois aqueles que nos cercam; a literatura abre ao infinito essa possibilidade de interação com os outros e, por isso, nos enriquece infinitamente. Ela nos proporciona sensações insubstituíveis que fazem o mundo real se tornar mais pleno de sentido e mais belo. Longe de ser um simples entretenimento, uma distração reservada às pessoas educadas, ela permite que cada um responda melhor à sua vocação de ser humano.]
Tzvetan Todorov
A Literatura em Perigo

5 comentários:

  1. Ola
    Vá ate meu blog ler o que escrevi.
    Foi estimulado por este.
    Aguardo seus comentarios
    Obrigada
    Miriam

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  2. Gostei!
    Apenas preciso de um esclarecimento, que se encontra la na minha pagina de comentarios.
    Aguardo.
    Miriam

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  3. Pode voltar lá?
    EScrevi mais um pouco...

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  4. Bonito isto. Eu sobrevivo porque escrevo e acredito que me tornei melhor ao escrever- vivo outras personagens, meu mundo ficou mais vasto- mundo vasto mundo, dizia o poeta.
    Bj Laura
    teu blog é mto bom.
    a frase abaixo é linda, perfeita, adorei.

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  5. Laura,

    Não sei como classificar o texto Tempestade. Microconto? Poema? Te digo em primeira mão: tive a idéia de escrevê-lo depois que li seus minicontos, muito bons por sinal.

    Escrevi aquelas duas linhas num dia em que estava muito cansado, mas achava que precisava escrever alguma coisa, espremer o cérebro e sair pelo menos algumas letras. Saíram 55 letras, um ponto e uma vírgula.
    Beijos

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