domingo
coleção outono-inverno
Na foto, modelo afegã a caminho da faculdade.
Graças à globalização, as informações voam mais rápido que pipa no céu em dia de vendaval. Os últimos acontecimentos educacionais paulistas chegaram também às cavernas do Afeganistão onde ainda resistem os bravos talibãs. E é da assessoria de imprensa deles (eles não mandam só cartas-bombas) que recebi um release divulgando a nova coleção de burkas desenhadas especialmente para jovens universitárias, que eles gostariam de ver espalhadas pelo Ocidente.
Os designers de moda talibãs viram no episódio paulista uma ótima oportunidade de estreitar os laços econômicos e culturais com nosso país. A moda agora, dizem eles, não nasce apenas nos desfiles de Milão e Paris, mas explode também nas passarelas de areia e rochas de Kandahar. Reparem que uma das moças (e elas têm olhos lindos, capazes de causar tumultos)têm total liberdade de movimentos nas mãos para usar um telefone celular. Mas os mulás da moda sugerem que o aparelho seja desligado nas salas de aula, para não desviar a atenção do conteúdo pedagógico que está sendo ministrado.
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Oi, Vita
ResponderExcluirEu acho burka sexy, acredita?
Mario, grande divulgador da cultura, como bom amigo, já me falara do seu blog.
Legal, passarei por aqui para me divertir com seu texto e expressar minhas opiniões sem graça.
bjs
Adoro a ironia do comentário, que bem lembra que o pior do Afeganistão também pode ser aqui.
ResponderExcluirÉ bom a gente barrar logo isso. Fundamentalismo é praga que pode nascer em qualquer lugar.
bjs
em tempo: Esther, burka pra mim, pode ser tudo, menos sexy...
ResponderExcluirme dá calafrios.
bjs
Na mesma linha o TREM AZUL ( blog do Thomaz Magalhães, que RECOMENDO) já havia postado ontem!
ResponderExcluirLá deixei meu comentário: essa moça agora vai, certamente, posar para a Playboy, e se tiver juizo, (o resto ela tem) poderá fazer carreira e ficar rica! Tudo graças à ESCOLA. srsrs
Maria Ester,
ResponderExcluirjá ouvi muitas coisas sobre ser ou não sexy! A sua é inédita e única!!!!Estaremos falando da mesma coisa?
Neusinha, querida
ResponderExcluirÉ preciso fazer igual o Ronaldo e outros jogadores brasileiros carecas fizeram com os carecas skinheads, desmistificá-los.
Eu não me assuto com burka, acho que pode ser até um fantasia interessante.
A exploração da imagem da mulher no ocidente, em revista, no cinema, tv, em propaganda de cerveja, por exemplo, é tão ofensiva quanto a de uma mulher afegã de burka.
O problema lá é mais do que a burka, as mulheres são agredidas pelos maridos e filhos, são oprimdias pela familia, são condenadas ao analfabetismo.
Se a gente desmistificar essa imagem perde a força e com a ela a ideologia que ela oculta.
Se eu fosse menos pudica, desfilaria de burka na Paulista, só para provocar.
Burka só pode ser sexi se couber dentro um casal!
ResponderExcluirOlá, Luiz. Que bom te saber mais assíduo.
bj, lina
Ester,
ResponderExcluirAcho que burka deve ser legal para se brincar de cabaninha quando se é criança.
O "lado bom" da burca é que os homens passam a notar os olhos das mulheres. Imagino a cena de um afegão apaixonado dizendo pra pretendente: "Você tem os olhos mais lindos que eu já vi". E pro pai dela, depois de prometer o de praxe (manadas de camelos, por exemplo), ele se justificará: "foi amor à primeira VISTA".
Neusa,
ResponderExcluirO pior é que o afeganistão parece ter se instalado na cabeça de muitas pessoas.
beijos
Eduardo,
ResponderExcluirVou olhar o Trem Azul. Essa idéia da burka estava quicando a espera do chute. Deve ser um prato cheio pros chargistas amanhã nos jornais. Se eu fosse da turma do Pânico, mandava a Sabrina Sato de burka pra porta da escola amanhã.
Lina,
ResponderExcluirPor coincidência pensamos na mesma coisa. Mas deve dar um suadouro né? rsrsrs
beijos
Em país muçulmano, tipo Marrocos e Tunísia, a mulherada anda de burka pra cima e pra baixo, algumas andam de lambreta, atendem celulares chiquérrimos... e vão à praia e à piscina de burka! Como diria dona maria-lavadeira, é bom porque não suja a roupa...
ResponderExcluirNo Nunca se Sábado, Teatro Folha, eu escrevi uma cena pra Monica Waldvogel, em que ela era convidada a apresentar em Cabul o programa de debates "Burka Justa". O programa não dava certo pq ninguém sabia quem tava falando, se era a Samira ou a Míriam... eram todas iguais...
Ótima idéia Mário. Pena que eu não vi.
ResponderExcluiroi Esther (e resto da turma):
ResponderExcluirEstou sim falando da mesma coisa, a burka, aquela tenda que usam como roupa, que cobre tudo, menos os olhos (alguns põem até uma rendinha na frente deles).
O que me dá calafrios é as mulheres de alguns países, como o Afeganistão sob o Talebã, serem OBRIGADAS,sob pena de agressão, apedrejamento, morte, até, a usarem isso. Símbolo de opressão, mesmo, aliás, como o xador em outros lugares.É a moça ousar sair na rua sem isso que uma cruzada de "estudantes da Uniban" local sai correndo atrás dela, de pedras e paus na mão... Cena de pesadelo.
Se for obrigada, não tiver opção, sou contra mesmo. É a mais deslavada manutenção da Idade Média, ponto.
Agora, se alguém usar isso quando quer, porque quer, é coisa de foro íntimo. Aliás, ter esse foro íntimo, essa liberdade pessoal não é permitido às mulheres, e não só a elas, em muitos lugares do mundo.
A exploração do corpo que vemos no Brasil também nem sempre é uma coisa bonita. Mas aí é outro contexto. Ninguém é obrigado a nada.
Agora, adorei os usos alternativos da burka - entrar um casal dentro, brincar de cabaninha... A imaginação dirá o que é melhor.