sábado

pausa musical



Descobri esse vídeo de Elis em um especial de uma emissora de TV alemã, realizado em 1972. Ela canta "Comunicação", de Edson Alencar/ Hélio Matheus, num cenário publicitário, repleto de "signos" (como se dizia na época) da comunicação global. Detalhe para o comprimento do vestido da moça, bem mais curto que o da aluna da Uniban. Ela canta essa mesma música num especial da TV Globo, um ano antes. Impossível não se apaixonar.



O argentino (nascido na Espanha e que vive nos EUA) Emilio Teubal dá um toque muito pessoal e jazzístico a "Loro", de Egberto Gismonti. Detalhe para o gato junto do piano. Gismonti compôs essa música em homenagem a Hermeto Paschoal.



Por Falar em Hermeto, o bruxo levou seus músicos para o Vale do Ribeira e interpreta uma sinfonia ecológica. Nada mais natural para quem já "tocou" porcos e sapos.  Apresentei a música de Hermeto para um jornalista suíço correspondente de uma revista alemã em São Paulo, entre os anos 80 e 90, e ele se apaixonou. Sempre que ele vinha à minha casa, ficavámos ouvindo Hermeto, Egberto Gismonti, Patativa do Assaré.

5 comentários:

  1. estão aí três momentos musicais lindos, excepcionais, destes que levam a gente a viagens da imaginação.
    Dá vontade de mergulhar na mesma água que o bruxo Hermeto, sempre capaz de tirar um som lindo de qualquer tampinha de garrafa; sentar ao lado do gato que escuta Gismonti e espiar de leve aquela Elis tão luminosa, de quem a gente sente uma saudade boa.
    bj

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  2. Verdade,

    São momentos delicados, que fazem bem à nossa alma de brasileiros.

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  3. É impressionante como a Elis, vista hoje, consegue ser datada e, ao mesmo tempo, permanente. Datada, pq reflete bem a época em que cantou e gravou. E permanente pq é uma cantora com inteligência musical, não era apenas uma moça de voz afinada.
    Engraçado também ver um especial alemão feito antes da invenção do velcro. Ela fica meia hora pra desatar o nó do avental que, hoje, sairia com uma puxadinha. Tem velcro até nas peças da praça Roosevelt...

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  4. Mário,
    Não sei se você concorda, mas eu comentei com a Neusa que a Elis é a Edith Piaf brasileira. Por causa da grande presença dela, nem me refiro a repertório. O que vc acha?

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  5. Olha, eu não vi a Piaf, sou mais novo que ela... mas vi muito a Elis. Vi outras divas, também... Ella Fitzgerald (um show em Paris que ela interrompeu, pra trazer pro palco um amigo q tinha encontrado de manhã no hotel, o Joe Pass... imagina...)... Nina Simone... mais recentemente, uma que me impressionou foi a k.d.lang, que enche o palco, ocupa o espaço, vc se deixa hipnotizar. E no Brasil, Elis e Bethânia, dois monstros cênicos. A Bethânia pede licença pra pisar num palco, respeita, se entrega. Resumindo, acho que são artistas que, a par do domínio técnico, se entregam com paixão. A gente faz pouco isso na vida.

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